Género: Thriller/ Policial
Editora: Topseller
Tiro opinativo: By Corvo
Este thriller deixou-me extremamente satisfeito, valeu bem a pena ter arranjado este cartucho e foi perfeito tê-lo explodido em dias de calor, com o mar como pano de fundo, até porque que já há algum tempo que não lia policiais e por isso fui agradavelmente surpreendido.
Pensei que o assassino era aquele, depois era o outro… À medida que lia, ia ficando mais baralhado, vários suspeitos… Fiquei desconfiado em relação a um sujeito, mas ponderei que não podia ser esse, e afinal era esse mesmo.
Nos policiais, os fortes suspeitos nunca são os assassinos, por isto é fácil para quem lê demasiados policiais, no entanto este cartucho tem os ingredientes originais (relativamente à Casa da Morte e à família de várias gerações) e fica-se sempre com comichão até as peças se encaixarem nos devidos lugares.
E gostei bastante do final.
Foi a primeira vez que li o cartucho da dupla James Patterson e David Ellis, fazem um bom par de escritores, constei a diferença entre os dois, as cenas passadas no tribunal é com Ellis uma vez que ele próprio é advogado; e os crimes, o suspense e as personagens são com o Patterson que é bom nisso, que faz com que fiquemos envolvidos no enredo sem darmos conta do tempo e da realidade, sentimos na pele o ambiente macabro da Casa da Morte. Desta dupla, saíram publicados mais 2 cartuchos, “Invisível” e “A Amante” que vão ser os próximos a ser explodidos. É uma dupla a seguir.
Opinião: By Aneal
Antes de começar a escrever a minha
opinião, quero aqui deixar uma critica. As capas e os títulos dos
livros de Patterson, nunca foram muito atractivas na minha opinião, e
esta não fugiu à regra, aliás a casa, muito bem descrita no livro,
é completamente diferente daquela que vemos na fotografia da capa. É
uma casa de estilo gótico, em forma de castelo...não preciso dizer
mais nada.
“A casa da morte” cativou-me logo
de início pelo facto de estar escrito, em separações temporais
alternadas, coisa que venho a gostar cada vez mais. Está separado
por “livros” dentro de um só livro.
No presente, Um duplo homicídio cruel, a captura e acusação de um homem - Noah, uma investigadora
que inicialmente duvida da sua culpabilidade, mas um
acontecimento dramático vem alterar tudo.
Uma batalha em tribunal, uma acusação
disposta a tudo até mesmo à mentira para encarcerar Noah até ao
restos dos seus dias. Uma defesa que se agarra à falta de
provas e ao facto das testemunhas serem pouco ou nada fiáveis...a vitória da acusação, a prisão de Noah. O desespero deste homem vendo a sua esperança a morrer dia após dia, sem
conseguir visualizar qualquer futuro, ele que se torna cada vez mais
duro e amargo.
Também aqui é nos apresentada a inspectora Jenna, uma
mulher habituada a confiar no seu instinto, que tem dificuldade em
relacionar-se com o sexo oposto, cujo regresso aquela cidade trouxe-lhe
pesadelos que ela não consegue decifrar, levando-a refugiar-se demasiado no álcool. Noah e Jenna foram duas personagens que me cativaram imenso.
No "livro" do passado,
começamos a interagir com o criminoso, mantendo a sua verdadeira
identidade anónima, mostrando até que ponto ele é um monstro com
uma mente distorcida, infligindo uma morte lenta ás suas vitimas,
tirando o maior partido do seu sofrimento, alimentando-se do medo das
suas presas. Também ficamos a saber como procura e selecciona as suas
vitimas e o que o impulsiona a cometer os seus crimes. Ele é um
criminoso metódico, sádico e inteligente.
Um livro que a dada altura nos arrasta
para o centro de um remoinho de acontecimentos, nos faz desconfiar de
tudo e de todos, tornando-se difícil largá-lo, pensando na
urgência de chegar à ultima página. As últimas 100 páginas foram
de pura ansiedade que não me derem tréguas.
Mais uma vez (isto porque tem me
acontecido muito nos últimos tempos), vi confirmada a minha suspeita acerca do autor dos hediondos crimes, no entanto fui
surpreendida no final por uma grande revelação. Um livro que proporciona uma agradável leitura policial.
Classificação Corvo: Cartucho de Prata (4,5/5)
Classificação Aneal: (7/10)