Nunca Perdoar, Nunca Esquecer, de Chelsea Cain, [Opinião]



Género: Thriller/ação
Editora: Saída de Emergência
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

Um livro que comecei por estranhar, mas que acabou por se tornar numa leitura confortável.

O tema deste livro é o rapto de crianças por uma rede de pedofilia. Kick é uma jovem que aos 12 anos fora resgatada pelo FBI após 6 anos a viver com um casal de raptores. Para ela a realidade era aquela que vivia com aquele casal, a quem chamava de pai e mãe. A sua verdadeira identidade ficara recalcada nas profundezas do seu subconsciente e cabe aos psiquiatras a árdua tarefa de reintegrá-la na sua verdadeira família e ajudá-la assumir a sua verdadeira e esquecida identidade. Mas as marcas ficaram gravadas de forma traumática em kick e a autora criou-a como uma personagem estranha, anti-social, vivendo uma vida claustrofóbica, lutando com o pânico e a ansiedade, ela é tudo aquilo que se esperava que fosse para tornar a sua personagem realista.

Bishop e Kick levam-nos numa demanda, onde ela tem de usar as suas recordações acerca dos diferentes locais onde esteve aprisionada, para que ambos possam seguir os passos e resgatar duas crianças desaparecidas, que desconfiam estarem nas mãos de membros pertencentes à rede. Uma luta contra o tempo, por uma mulher cheia de traumas à mercê dos seus sentimentos de contrariedade e por um homem ágil e sedutor, cujo interesse em apanhar os culpados e salvar as crianças é um mistério.

Ao contrário do que está escrito na contra capa, não o achei aquele livro excecional de tirar o fôlego, mas é um livro cheio de ritmo que me apaixonou. Gostei especialmente do mistério que envolve a personagem de Bishop, um homem com recursos ilimitados, que simplesmente não existe...gostei da caracterização realista que a autora deu a Kick e da muito soft abordagem ao síndrome de Estocolmo, dando-nos uma ténue visão de como pode agir um raptor para levar a que alguém desenvolva um sentimento de simpatia ou até mesmo de amor por ele. Adorei ainda mais, o imprevisível final que a autora deu à relação agressor/vitima.

O fim esse, deixa em aberto um grande mistério, preparando o leitor para a continuação de um novo livro, que desconfio ser melhor que este primeiro, pelo que não quero por isso perder o próximo.

Classificação Aneal: (7/10)

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