ashley bell, de Dean Koontz, [opinião]



Género: Thriller
Editora: IN
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

“Ashley bell” foi o primeiro livro que li de Dean Koontz, não conheço portanto as suas obras, nem sei se é costume dele escrever um enredo tão bizarro, mas isto é diferente de tudo que li até hoje dentro do Thriller. De salientar ainda são os títulos fora do comum dos capítulos, bem como as páginas negras a dividirem as 8 partes do livro.

Bibi, uma jovem de 22 anos que após lhe ter sido diagnosticado um cancro no cérebro, entra numa estranha e obrigatória missiva, como forma de pagamento pelo milagroso salvamento da sua vida inicialmente condenada à morte. A partir daqui entrei num enredo de franzir a testa.

Fui avançando nesta leitura sem perceber se Bibi, sofria de alguma espécie de loucura, sendo uma completa alucinada ou se era simplesmente o autor a recorrer ao sobrenatural. Só sei que fiquei presa à sua leitura, procurando uma explicação lógica e cientifica, para os acontecimentos descritos. A curiosidade levou-me a ler o livro até ao fim, sempre aguardando “a” grande revelação que iria mostrar-me o sentido oculto das “coisas”, vista de um prisma que me escapara.

Acredito que para muitos a desistência deste livro terá sido uma opção, ou poderá vir a ser. Vou mesmo arriscar dizer que “ashley bell” é um livro que, ou se adora, ou se detesta. Quanto a mim, porque sempre me senti atraída pelo bizarro e talvez porque li este livro na altura ideal, vou dizer que gostei da experiência. Achei especialmente interessante o último capitulo, mas vou já avisando, para aqueles que resolverem desistir, escusam de ir espreitar o tal capítulo, pois não irão entendê-lo devidamente.

Deixo aqui o desafio para lerem este livro e deixarem a vossa opinião.

Classificação Aneal: (6/10)

Gritos Silenciosos, de Angela Marsons, [Opinião]



Género: Policial/Thriller
Editora: Quinta Essência
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

Este é o primeiro livro de Ângela Marsons, e fiquei com a sensação de que foi escrito um pouco a medo. O tema abordado já não é novidade nenhuma no meio da literatura policial, diria até que já começa a ser bastante badalado. As personagens, a meu ver, tiveram uma pequena inspiração em outras que conheci doutros autores e o final teve um encerramento demasiado rápido, para quem dava a impressão de que queria ludibriar o leitor para depois lhe atirar com uma revelação de cortar a respiração. Se era esse o objetivo, não foi atingido. Quanto à identidade do culpado, a autora conseguiu manter-me na ignorância até ao fim.

Esquecendo outros livros e outros autores, gostei deste livro e vejo a Angela Marsons com grande potencial para se tornar uma autora de culto dentro do género. 

“Gritos Silenciosos” é um policial intrigante, com uma investigação bastante realista e fácil de acompanhar, uma história de crimes arrepiantes e segredos passados obscuros.

O enredo escolhido aborda uma temática delicada. Fala-nos de segredos escondidos no interior dos lares que acolhem crianças indesejadas e frágeis, despojadas da sua humanidade e identidade, colocadas aos cuidado do estado por motivos diferentes, mas nenhum deles positivo. Em comum todas têm, o direito de serem protegidas das desgraças que as levaram até ali, mas não é novidade nenhuma para nós, que em muitas destas instituições não é encontrada a proteccão que necessitam, por vezes ficam entregues a um destino bem pior do que aquele que as fez entrar naquelas portas. O mal habita em toda a parte...

Kim Stone a inspetora protagonista deste livro, fez-me recordar Helen a personagem principal dos livros de M. J. Arlidge., devido a algumas semelhanças entre elas. Também Kim é um lobo solitário, com uma postura distante evitando e travando qualquer tipo de relacionamento com os outros e com um passado negro, que nos vai sendo revelado a pouco e pouco ao longo do livro. O uso de mota como meio de transporte e paixão, é outro fator em comum. Mas estas semelhanças ficaram-se pelo inicio pois a autora deu a Kim uma personalidade evolutiva que ao longo do livro foi-se afastando das semelhanças entre Helen, dando-lhe um toque único, tornando-a mais acessível, menos fria e com uma certa dose de humor negro e ainda bem que o fez, pois para mim salvou a personagem. Gostei imenso da dupla kim e Briant, este ultimo é responsável por equilibrar as atitudes de Kim e embora ela não queira admitir, o papel dele é demasiado importante na sua vida. Toda a equipa de investigação conquistou-me.

O livro está escrito de forma fluida com capítulos pequenos e com breves interrupções, para uma narrativa na primeira pessoa feita pelo criminoso, isto sempre que a investigação chega a uma evolução que permite dar-nos a conhecer a motivação do criminoso para as suas atitudes. Através desses capítulos, envolvemos-nos com uma mente doente e capaz das maiores atrocidades.

Resumindo: gostei do livro e como já referi, vejo grande potencial nesta autora. Vou continuar acompanhar as suas obras, mas espero que as próximas sejam mais e melhores exploradas.  

Classificação Aneal: (7/10)

A Vida dos Outros, de Sophie Hannah, [Opinião]



Género: Policial/Thriller
Editora: Edições Asa
Sinopse: Aqui


Opinião: By Aneal


“A Vida dos Outros” foi o primeiro livro que li da autora Sophie Hannah e fiquei surpreendida com o enredo original e criativo, os meus parabéns à autora.



Um livro cheio de tensão, carregado de personagens bizarras que ocultam segredos, vivendo as suas vidas sob uma grande pressão psicológica, reflexo do passado e presente. Personagens que me prenderam e atraíram para um labirinto, fazendo-me sentir deliciosamente perdida, aproveitando cada pequena indicação que a autora ia me oferecendo ao longo do livro, sobre a direção a seguir com as minhas teorias. Os segredos vão sendo revelados lentamente, mas deixando sempre uma sensação ao leitor de que ficou ainda muito por revelar.

Um enredo alucinante e engenhosamente escrito, que me viciou desde a primeira até à ultima página. Cada palavra, frase, parágrafo era como uma droga sofrendo os sintomas de abstinência nos períodos em que não tinha o livro nas minhas mãos.

Um livro surpreendente e impiedoso, que nos baralha, nos suga as horas. Um mistério com uma dimensão de novelo, que vai sendo esticado ao longo das 520 páginas, provocando uma grande ansiedade no leitor em agarrar a ponta escondida bem no centro do novelo.

Um final surpreendente, onde a trama é encerrada através de uma narrativa que nos mostra o desequilibro que a nossa mente pode atingir...

O único ponto negativo a apontar a este livro, foi no final onde a autora maçou-me um bocado com tanta teoria e especulação, através dos diálogos da policia, mas talvez tenha sido por estar a pensar que já era altura de eu acabar com o livro.

Adorei e preciso nos próximos tempos ler outro livro da autora, para ver se este foi um livro isolado ou se tenho estado a perder uma excelente autora de thriller.

Classificação Aneal: (8/10)