Slated - Reiniciada




Género: Distopia
Editor: Lápis Azul
Sinopse:Aqui


Opinião: By Aneal

"Slated - Reiniciada" é o primeiro livro de uma trilogia distópica, onde alguns jovens até aos 16 anos, supostamente criminosos, são submetidos a uma reiniciação apagando o passado de suas memórias, alterando as suas personalidades, para assim terem uma segunda oportunidade de vivência e serem reintegrados na sociedade, através do acolhimento por parte de famílias como verdadeiros filhos e irmãos. A sua reintegração na sociedade é vigiada e caso não seja satisfatória, segundo o que os governantes consideram como modelo correto, o novamente capturados e levados de volta para o hospital para serem novamente reiniciados ou em ultimo recurso eliminados.

Esta é a história de Kyla, 16 anos, reiniciada, mas cuja postura difere totalmente dos padrões normais  de uma reiniciada. A curiosidade pelo seu passado que não recorda, os acontecimentos que observa em seu redor e suas reacções interrogatórias a tudo isso, vão levá-la por caminhos turbulentos, colocando em perigo a sua vida e daqueles que a rodeiam.

Estamos perante uma época de controlo e opressão da sociedade por parte do governo e entidades por ele apoiadas, onde nem tudo é permitido, sejam eles atos ou palavras, onde muitas coisas são feitas na sombra, não sendo do conhecimento geral da população. Qualquer atitude de "rebeldia", tendo em conta que o termo tem uma definição muito diferente neste caso, pode levar ao desaparecimento do seu autor. Não se sabe o que acontece a essas pessoas, apenas que são levadas por milícias denominadas por Lordens, para o hospital central de Londres, a partir daí é um mistério.

Gostei da desconfiança que a autora provoca no leitor em relação as personagens que rodeiam a Kyla, ficamos sempre à espera de alguma revelação por parte delas, que tanto pode ser a favor da kyla como contra. 

Como não podia deixar de ser, em livros direcionados para um público mais juvenil, temos um pequeno romance entre Kyla e Ben um jovem também ele reiniciado. Este pequeno romance para mim não enriqueceu em nada a história deste livro, mas serviu para no final elevar o  meu estado de curiosidade relativamente ao próximo.

Não se assustem com as 442 páginas, pois elas são pequenas e escritas em letras “gordas” o que acaba por tornar o livro mais pequeno e de leitura rápida.
Achei engraçado, a forma como estão escritos os diálogos, não na forma tradicional do “travessão”, mas entre “aspas”, surgindo em qualquer altura do texto, seja ele no início de uma frase, ou no meio.

Resumindo:
É aquele livro "giro" que sabe bem de vez em quando para desintoxicar do policial/thriller, mas poderia ter sido melhor explorado. Tudo leva a crer pelo final do livro que nos próximos teremos a verdadeira acção e que este tenha sido apenas o introdutório para os seguintes, assim o espero pois quanto a esses serei mais exigente. Por isso, vou já ler o segundo, com expectativa de chegar ás 4 estrelas.


Classificação: Aneal de Cobre (3/5) 

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